quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

O campus no verão

Ficar trabalhando no campus da UFSM, no verão, presenteia a gente com o estranhamento. 

Há imensas ausências: das pessoas, das práticas habituais, do burburinho. Livre da normalidade que preenche tudo, o espaço se mostra, permite-se o vazio e a imensidão. Pode-se ver o silêncio.




Então, há pequenas salas, grupos de pessoas, árvores, que passavam despercebidas e cujos rumores agora vibram. 



Os prédios do campus são retos, sem graça, puro cimento e vidro. Estão dispostos em grupos, mas cada grupo longe do outro, com muito espaço entre eles. Isso faz com que eu ande por ali olhando tudo como quem está dentro de um sonho.


Sem que se faça nenhum esforço, vem até nós a percepção de estar em um mundo diferente e inquietante.


2 comentários:

  1. Concordo plenamente.
    Tive essa sensação quando segui trabalhando como bolsista durante o recesso de inverno no Campus do Vale da UFRGS. Era um mundo muito diferente do Campus em tempos de aula. Espécie de mundo-espelho. Semelhante, mas invertido.

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    1. A experiência é bem interessante, não é. O fato é que aproveitei aqueles horizontes para tocar um pouco o artigo para o livro sobre redes sociais...

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