Este post do blog do meu amigo Vitor Simon, sobre a força das expressões cotidianas, me lembrou de uma que eu considero maravilhosa. Creio que é mais usada no Rio Grande do Sul, mas talvez me engane.
Dois conhecidos se encontram. Um deles inicia a conversa, como de praxe: e daí?
O outro então discorre um rosário de desgraças: minha mãe morreu, meu pai está paralítico, minha irmã continua bebendo, meu filho perdeu no jogo tudo que eu tinha, perdi meu emprego, minha mulher me largou.
Depois uma pausa breve e infinita, o outro pergunta: "E no mais, tudo bem?"
Não é fantástico? Acabaram-se todos os tormentos, os tempos de caos, enunciados anteriormente.
O outro, vencido, nada mais pode dizer, senão a resposta esperada: "É... no mais, tudo bem."
Tem outra que não é comum e talvez tenha sido inventada pela pessoa de quem ouvi, que diz: "Tirando as coisas ruins, tudo bem?" Uso pra evitar ouvir o rosário de reclamações (normalmente a gente já sabe quem o faz).
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ResponderExcluirA outra opção é perguntar o primeiro "tudo bem" já com a adaga no pescoço do cidadão.
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